sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cimenteiras devem estar longe de povoações!



Por António Costa


Recorremos a um estudo de 2005, da responsabilidade da Administração Regional de Saúde do Centro, que envolveu o 109 Centros de Saúde e a Faculdade de Medicina de Coimbra.

Este estudo concluiu que a prevalência padronizada de doenças respiratórias é de 12,9% na população de Souselas, isto é mais do dobro da média destas doenças na Região Centro (5,8%). No referente a Maceira a diferença também é significativa (8,5% para 5,8%).

Sobre a prevalência padronizada de doenças tumorais, Souselas tem mais do dobro da registada na Região Centro (6,1% para 2,8%) enquanto que Maceira tem uma percentagem três vezes superior à da Região Centro (9,3% para 2,8%).

Quanto à prevalência padronizada das doenças endócrinas é de 10,1% na Região Centro, para 14.2% em Souselas e 18,8% em Maceira.

Não é por acaso que as Directivas Comunitárias, no que respeita à localização de cimenteiras, consideram que estas devem estar longe de agregados populacionais, de regiões agro-pecuárias e de recursos hídricos assim como de Parques Naturais.

1 comentário:

  1. Todos os estudos, a nível internacional, comprovam que a indústria cimenteira causa impactes do tipo:
    -modificação a nível Socio-Económico (agricultura, pesca, agro-pecuária, saúde pública, etc.);
    -descaracterização da paisagem;
    -alteração do equilíbrio natural (fauna e flora);
    -emissão de poeiras (ex. dioxinas e furanos);
    -ruídos e vibrações;
    -contaminação dos recursos hídricos;
    -destruição e contaminação dos solos;
    -destruição do património geológico, arqueológico e histórico;
    -alterações climáticas (micro-clima).

    José Rodrigues

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